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Especializado em Cirurgia do Quadril

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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Tenosinovite de De Quervain

Tenosinovite de De Quervain


Trata-se de um processo inflamatório da sinóvea e tendões abdutor longo e extensor curto do polegar (no 1 º compartimento extensor do carpo), é uma causa comum de dor e de incapacidade no punho e mão. Atinge principalmente mulheres, 6x mais que em homens, com mais de 30- 50 anos de idade e durante um período específico, que compreende a gestação e lactação.
O primeiro compartimento extensor, onde estão incluídos os tendões acometidos por inflamação nessa doença, é delimitado, no punho, pelo ligamento transverso carpal acima e seu assoalho é o sulco no rádio, no processo estilóide para ser mais exato (vide figura).

                   Os tendões envolvido e a relação deles com o retináculo do extensores

Esta inflamação é proveniente do atrito dos tendões com o ligamento transverso do carpo, que ocorre de maneira mais intensa com os movimentos repetidos do polegar associado ao desvio ulnar do punho (posição comum aos digitadores e mais atualmente para aqueles que manipulam os smartphones). Algumas variações anatômicas, como o septo vertical e a duplicidade de tendões, podem também causar a doença.
                             Exame no qual se provoca dor com o carregamento ulnar 

O diagnóstico é facilmente identificado pelo Ortopedista, por meio de manobras durante o exame físico e pela história comum a esses pacientes, de esforço do polegar com desvio ulnar, levando-se em consideração a incidência maior em mulheres e gestantes. O edema (inchaço) pode ser notado no trajeto do primeiro compartimento extensor, além das manobras habituais, o pseudogatilho ( o polegar pode ficar breve e levemente “travado”), pode indicar a causa da tenossinovite, a duplicidade de tendões.
O USG e RNM podem procurar por variações anatômicas, mas o diagnóstico é essencialmente clínico.




USG demonstrando septo vertical

                                                              RNM onde observa-se sinais inflamatórios 

O tratamento conservador está inicialmente indicado para todos os pacientes, sendo a primeira escolha em casos agudos, gestantes e lactantes.
O tratamento conservador inclui a utilização de antiinflamatórios, imobilização, infiltração com corticosteróides e fisioterapia, além da orientação para que o paciente evite o esforço repetido do polegar com o carregamento ulnar. O sucesso dessa modalidade de tratamento beira os 70%, no entanto são freqüentes as recidivas.


              Aplicação do USG na reabilitação                     Infiltração com corticóide



O tratamento cirúrgico para esta afecção já está bem consolidado e apresenta resltados consistentes. Tem por finalidade, descomprimir o túnel ósteofibroso, por meio da ressecção do ligamento transverso do carpo, excisão dos tendões extra-numerários e retirada da sinóvea degenerada e volumosa. Uma pequena incisão, de 2-5 cm, é realizada no punho, pela qual se consegue alcançar o compartimento extensor, o ligamento transverso do carpo, os tendões e suas respectivas bainhas. Uma complicação freqüente e muito indesejável é a lesão do ramo sensitivo radial, que pode provocar dor relacionada ao neuroma (inflamação do coto do nervo) e perda de sensibilidade no polegar.


Para o diagnóstico e tratamento procure sempre seu Ortopedista, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia. #Ortopedia #SBOT #SBQ #ClínicaGomes #CirurgiadoQuadril #Unimed #UnimedLins #Lins


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