Tenosinovite de De Quervain
Trata-se de um processo
inflamatório da sinóvea e tendões abdutor longo e extensor curto do polegar (no
1 º compartimento extensor do carpo), é uma causa comum de dor e de
incapacidade no punho e mão. Atinge principalmente mulheres, 6x mais que em
homens, com mais de 30- 50 anos de idade e durante um período específico, que
compreende a gestação e lactação.
O primeiro compartimento
extensor, onde estão incluídos os tendões acometidos por inflamação nessa
doença, é delimitado, no punho, pelo ligamento transverso carpal acima e seu
assoalho é o sulco no rádio, no processo estilóide para ser mais exato (vide
figura).
Os tendões envolvido e a relação deles com o retináculo do extensores
Os tendões envolvido e a relação deles com o retináculo do extensores
Esta inflamação é proveniente
do atrito dos tendões com o ligamento transverso do carpo, que ocorre de
maneira mais intensa com os movimentos repetidos do polegar associado ao desvio
ulnar do punho (posição comum aos digitadores e mais atualmente para aqueles
que manipulam os smartphones). Algumas variações anatômicas, como o septo
vertical e a duplicidade de tendões, podem também causar a doença.
Exame no qual se provoca dor com o carregamento ulnar
Exame no qual se provoca dor com o carregamento ulnar
O diagnóstico é facilmente
identificado pelo Ortopedista, por meio de manobras durante o exame físico e
pela história comum a esses pacientes, de esforço do polegar com desvio ulnar,
levando-se em consideração a incidência maior em mulheres e gestantes. O edema (inchaço)
pode ser notado no trajeto do primeiro compartimento extensor, além das
manobras habituais, o pseudogatilho ( o polegar pode ficar breve e levemente
“travado”), pode indicar a causa da tenossinovite, a duplicidade de tendões.
O USG e RNM podem procurar
por variações anatômicas, mas o diagnóstico é essencialmente clínico.
USG demonstrando septo vertical
RNM onde observa-se sinais inflamatórios
USG demonstrando septo vertical
RNM onde observa-se sinais inflamatórios
O tratamento conservador
está inicialmente indicado para todos os pacientes, sendo a primeira escolha em
casos agudos, gestantes e lactantes.
O tratamento conservador
inclui a utilização de antiinflamatórios, imobilização, infiltração com
corticosteróides e fisioterapia, além da orientação para que o paciente evite o
esforço repetido do polegar com o carregamento ulnar. O sucesso dessa
modalidade de tratamento beira os 70%, no entanto são freqüentes as recidivas.
Aplicação do USG na reabilitação Infiltração com corticóide
Aplicação do USG na reabilitação Infiltração com corticóide
O tratamento cirúrgico para esta afecção já está bem
consolidado e apresenta resltados consistentes. Tem por finalidade,
descomprimir o túnel ósteofibroso, por meio da ressecção do ligamento
transverso do carpo, excisão dos tendões extra-numerários e retirada da sinóvea
degenerada e volumosa. Uma pequena incisão, de 2-5 cm, é realizada no punho,
pela qual se consegue alcançar o compartimento extensor, o ligamento transverso
do carpo, os tendões e suas respectivas bainhas. Uma complicação freqüente e
muito indesejável é a lesão do ramo sensitivo radial, que pode provocar dor
relacionada ao neuroma (inflamação do coto do nervo) e perda de sensibilidade
no polegar.
Para o diagnóstico e tratamento procure sempre seu Ortopedista,
membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia. #Ortopedia #SBOT #SBQ
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