Joelho do saltador – “jumper´s knee”
O que é
A tendinopatia da patela é
uma patologia bastante freqüente, especialmente nos atletas saltadores e
naqueles que submetem o aparelho extensor (quadríceps é o mais forte grupamento
muscular do corpo e juntamente com o seu tendão quadriceptal, patela e
ligamento ou tendão patelar, formam o aparelho extensor) a esforços muito
grandes e repetitivos.
O tendão ou ligamento patelar
O tendão patelar ou
ligamento patelar, denominação mais atual, é a extensão do tendão quadriceptal,
que se fixa na tuberosidade anterior da tíbia, uma saliência óssea palpável na
região anterior do joelho, aproximadamente 3-4 cm abaixo do pólo inferior da
patela (a antiga rótula).
Como e porque acontece



Carga excessiva pode
causar falha de tensão nas fibras do tendão, resultando em pequenas lesões.
Quando isso ocorre, os tenócitos (células do tendão) aumentam a produção de
colágeno e matriz. Esse é um processo lento que, devido à baixa taxa de
regeneração do colágeno e à carga adicional aplicada, desencadeará um ciclo de
pequenas lesões, não seguidas de reparo desejado, instalando-se assim área ou
áreas de tendinose. A tendinose é o termo usado para caracterizar a degeneração
do tendão sem sinais clínicos ou histológicos de processo inflamatório. Como o
resultado histopatológico de tendões com tendinopatia patelar demonstra
degeneração do colágeno, com desorientação das fibras, aumento de substância
mucóide e ausência de células inflamatórias, isso nos permite dizer que as
tendinopatias patelares são, em verdade, tendinoses patelares, pelo menos na
grande maioria dos casos.
A dor e a avaliação médica
A dor na parte distal da
patela é bem evidente, estando presente somente no início das práticas
esportivas, porém coma progressão da doença, é comum a dor se instalar durante
e no final do exercício, podendo enfim
ser contínua e durante o repouso.
O achado mais consistente
no exame físico é a dor na palpação da parte mais inferior da patela, podendo
estar associada frequentemente com a hipotrofia do músculo da coxa, em especial
do vasto medial. A avaliação pelo ortopedista é essencial, pois o diagnósticos
diferenciais necessitam de uma minuciosa avaliação clínica e são eles; a
condromalácea e a instabilidade femoropatelares, e a hoffite (inflamação na
gordura de Hoffa), doença de Osgood-Schlatter e síndrome de
Sinding-Larsen-Johansson.
Exames
As
radiografias podem diagnosticar as osteocondrites em estágios mais avançados
(Osgood-Schlatter e síndrome de Sinding-Larsen-Johansson). A
ultrassonografia(USG) é um método rápido, eficaz, não-invasivo e barato, que
permite a interpretação de dados consistentes desta patologia, mas depende da
habilidade do examinador. A ressonância magnética (RNM), fornece imagens mais
detalhadas, mas tem alto custo. A acurácia, ou seja a eficácia em se determinar
o diagnóstico, pelo USG e RNM são bastante semelhantes, portanto a USG trata-se
de exame de escolha para investigação inicial.
O tratamento
O
tratamento é essencialmente fisioterápico e prolongado(3 a 6 meses de duração) ,
relegando as cirurgias a casos no quais haja ruptura parcial ou totais, ou
mesmo na falha após protocolo de reabilitação bem executado após 6 meses.
Representação gráfica de uma das modalidade de tratamento cirúrgico
Infiltrações com corticóides estão proscritas, pois aumentam a degeneração já em curso do tendão, aumentando assim a chance de uma ruptura espontânea.
A
suspensão da atividade física, deve somente compreender as atividades com
sobrecarga do aparelho extensor que causaram a patologia, logo aquelas
atividades listadas no começo, como os esportes de salto.
O
laser, ultrassom e a terapia por ondas de choque, parecem estimular a
reorganização do tecido doente, mas a ciência e a aplicação por detrás destes
procedimentos não me cabe aqui explicar, ficando mais ao cargo dos
fisioterapeutas.
Os
protocolos de reabilitação por meio de exercícios de alongamento e
fortalecimento dos músculos variam muito. Os exercícios de fortalecimento
excêntricos do quadríceps são os mais usados nos processo de reabilitação, que
parecem aumentar a atividade metabólica, incrementando a síntese de colágeno
tipo I.
Fortalecimento do quadríceps no plano inclinado a 30°
Dr Marcelo bom dia. Procurei este topico para tentar achar resposta para o seguinte sintoma. Sentado, dobro a perna em 90 geaus no ar. Passo a mao em cima deste tendao e sinto uma cocega desviando internamente para o lado esquerdo da perna. Como se algo dentro estivesse solto e vibrasse desviando para este lado. Apos passar a mao o local fica meio dormente e depois passa. Tudo começou a 2 meses quando fui agachar e senti uma dor forte e passageira neste mesmo local. Procutei medico e fiz RM . O reumo orto cirurgiao disse que nao era nada. Mas o sintoma que relatei acima continua. Nao me arrisco ajoelhar com medo de doer. Pode ne dar uma luz sobre o que pode realmente estar acontecendo com meu joelho ? Grato. Marco. Email: formaset@yahoo.com.br
ResponderExcluirOlá,gostaria de sanar uma dúvida, sofri um AVC a um tempo atrás e perna não fica reta, ou a perna fica muito pra trás ou flexionada com o joelho pra frente, com esse último exercício mostrado, eu poderia melhorar esse meu problema
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