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Especializado em Cirurgia do Quadril

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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cistos Sinoviais

CISTOS SINOVIAIS


            O cisto sinovial é uma tumoração benigna, muito freqüente no punho, os quais representam até 70% das massas encontradas nas mão e punhos. São bastante comuns em mulheres e não são raros em crianças. Normalmente, há uma história de crescimento lento, porém pode aparecer de forma abrupta. A preocupação com a estética é a principal queixa, no entanto, o paciente pode vir a referir dor, essa quase sempre relacionada com outras patologias que coexistem com o cisto.
            Há uma correlação com a existência de microtraumas ou de um trauma mais severo no punho, no entanto seu aparecimento parece não estar muito bem elucidado ainda. O cisto, visto durante uma cirurgia, tem uma parede esbranquiçada pouco translúcida, podendo ser simples ou com várias câmaras. Seu conteúdo é uma substância gelatinosa, clara, composta por glicosamina, albumina, globulina e ácido hialurônico. Não há nenhum sinal inflamatório e nenhuma malignidade foi constatada até hoje.

            O diagnóstico é clínico, portanto, o ortopedista é capaz de, baseado na consistência, localização, mobilidade, dizer se trata-se de um cisto sinovial. Se houver dor, o exame físico é primordial para a identificação da patologia causadora da dor, por exemplo se houver instabilidade cárpica ( movimento anormal do punho causado geralmente por lesões ligamentares).
            Os cistos podem localizar-se no dorso do punho (70% surgindo da articulação escafolunar), volares(20%entre os tendões flexor radial do carpo e abdutor longo do polegar) mucosos( aparecem nas articulações interfalangeanas distais e estão relacionadas principalmente com a Osteoartrite e artrite psoriásica, sendo chamados também de nódulos de Heberden)
                                                                nódulos de Heberden
            A ultrassonografia é um exame de baixo custo, rápido, não-invasivo, geralmente suficiente para fazer o diagnóstico diferencial quando há dúvidas quanto a natureza da lesão.
O tratamento envolve a observação(30% dos cistos dorsais em adultos têm resolução espontânea em até um ano e nas crianças, em até 80%).
A aspiração do conteúdo seguida da injeção de alguma substância (associação de anestésico com corticóide), apesar de ser uma técnica pouco invasiva, tem a possibilidade de recidiva muito alta e pode ocasionar a injeção das substâncias na articulação ou tendão.
O tratamento cirúrgico pode ser feito com uma pequena via transversa no punho, ou por via endoscópica, essa última com a dificuldade técnica do manuseio quando não com um cirurgião de mão. As ressecções abertas, ou seja, aquelas feitas por um pequeno corte no punho, ainda são mais amplamente realizadas, na qual deve se ressecar todo o cisto e eliminar todos os possíveis pedículos, diminuindo assim a taxa de recidiva.


Complicações podem envolver a insatisfação quanto ao aspecto estético principalmente e dor. A instabilidade cárpica pode ocorrer mesmo nas ressecções palmares (volares) que preservem o ligamento escafossemilunar. As recidivas, ou o retorno do cisto, podem ocorrer em até 20% das vezes quando da ressecção por via aberta, caindo para apenas 5% nas artroscópicas.

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