Consultório

Ortopedista
Especializado em Cirurgia do Quadril

Consultório
Travessa 3º Sargento Laudelino Nogueira, 138
Centro - Lins/SP
Telefones: 3522-5133/3522-5923/3532-2225

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Joanete : pode ser só a ponta do Iceberg.

Sabe a Joanete? Ela pode ser somente a ponta do iceberg. 

Uma das queixas mais freqüentes das pacientes no consultório, é sem dúvida, de dor causada pela “joanete”. Entretanto,  essa saliência é, na realidade,  uma manifestação da deformidade irreversível que ocorre no antepé (região anterior do pé), provocada pelo desvio lateral do hálux (“dedão”) e medial do 1º metatarsal, algumas associada a rotação também (veja a ilustração), a qual chamamos de hálux valgo(HV).

A deformidade é resultado de uma série de alterações na anatomia do pé, atingindo principalmente a articulação do hálux, conseqüente a alterações da cápsula articular, desequilíbrios entre as forças de tendões flexores , extensores e abdutor; frouxidão do ligamento colateral medial e outras, que culminam com a distribuição de carga anormal no pé.
As mulheres acima dos 50, são de longe mais afetadas que o homens na proporção de 9🚺 para cada 1🚹, havendo ainda uma predisposição familiar de até 70% nos pacientes com HV.
Doenças reumatológicas, principalmente a artrite reumatóide, que causa deformidades graves; doença neurológicas como paralisia cerebral, poliomielite, seqüelas de acidente vascular cerebral; traumas e tumores podem também ser a causa do HV. 
A dificuldade em calçar determinado tipo sapato, dor na bunnion(“joanete”), aspectos estéticos, envolvimento de outro artelho( normalmente o 2º artelho pode ter deformidade em garra), são queixas comuns.
O diagnóstico é realizado às vezes de forma fácil, uma vez que a deformidade pode ser bastante aparente. Contudo, o exame físico determina quais são as estruturas mais afetadas, ressaltando que várias são as causas, e um hálux valgo não é igual a nenhum outro, devendo ser particularizado para cada paciente para que o tratamento tenha êxito. 

As radiografias ajudam a identificar uma série de ângulos, que auxiliam o Ortopedista a definir onde estão as principais anormalidades anatômicas a serem modificadas, caso o tratamento cirúrgico seja indicado.
O objetivo do tratamento é diminuir a dor e permitir uma marcha eficiente. Inicialmente é conservador(sem cirurgia), buscando o alívio dos sintomas com medicações, mudanças de hábito quanto ao uso de calçados e eventuais órteses.

O tratamento cirúrgico só é considerado após a falha no tratamento conservador. São mais de 100(isso mesmo CEM!) os procedimentos cirúrgicos que podem ser utilizados para correção do hálux valgo. Esse grande número de técnicas é dado em parte pela gama enorme de causas e, portanto, de apresentações que um HV pode ter. Durante a evolução do tratamento cirúrgico observou-se que determinadas técnicas funcionavam para alguns casos e eram até desastrosos para outros. Portanto é imprescindível que o Ortopedista esteja habituado com as várias deformidades e técnicas.

Para as mulheres, resta lembrar-lhes que o uso dos calçados de câmara anterior estreita (sapatos de bico finos) aliados a uma tendência familiar, são decisivos para o aparecimento do hálux valgo. Não é proibido usá-los, mas dê um descanso aos seus pés e use durante a maior parte do tempo, calçados mais ergonômicos: os tênis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário